Tom Wolfe
"Nunca confio nas pessoas que dizem que escrever é divertido", ele pondera. "A única coisa que o torna divertido é a expectativa dos aplausos."
Artigo inteiro aqui.
Marcadores: Cultura
Marcadores: Cultura
Marcadores: Nonsense
Marcadores: Minha vida
A valente FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) e o bravo Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, nossos queridos representantes de classe, emitiram uma brilhante nota oficial sobre a morte do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, assassinado a tiros em um bar
Pois bem. E o quê os dois órgãos escreveram? Escreveram que, inicialmente, era preciso exigir o esclarecimento e punição dos responsáveis, mas que Barbon, “apesar de se auto-intitular jornalista, não o era de fato e de direito. O jornal Realidade, de sua propriedade, foi fechado pois nunca esteve regularizado e Barbom (sic) Filho não possuía o registro de jornalista, tendo sido, inclusive, processado por exercício ilegal da profissão.”
E segue dizendo ainda que “Para a realização plena dessas condições básicas de liberdade, os jornalistas têm um papel fundamental a cumprir. Isso é óbvio. Mas é doentio pensar que todo cidadão, para poder exercer esses direitos, deva se arvorar à condição de jornalista.”
Essa nota é que é doentia. O cara denuncia um bando de vereadores safados, depois é assassinado a tiros e o sindicato ainda tem a coragem de dizer que ele não era jornalista de fato e de direito, porque não tinha o tal do deploma? De fato, ele era, sim, um jornalista. E aposto que muito melhor do que os fenajistas e sindicalistas.
Dá nojo desse povo. São asquerosos e repugnantes. E ainda recebem e sobrevivem do imposto sindical, que todo ano o governo retira dos jornalistas registrados
Que sindicalismo mais estúpido e sem noção. Só faltou dizer que a culpa pela morte do cara era dele mesmo, pois não tinha o diploma. Qualquer bunda-mole pode ter um diploma de jornalista. Um diploma não faz o jornalista. Será que esse povo é tão burro pra perceber isso?
Marcadores: Brasil, jornalismo
“A Arte da Entrevista”, coletânea de entrevistas organizada pelo Fábio Altman, é bem bacaninha. Tem algumas entrevistas muito boas, como as do Freud, do Al Capone e do Hitchcock (que é onde estou agora).
Tem outras que também são muito boas, pelo menos pra você ler e ficar xingando os camaradas mentalmente: Hitler, Mussolini, Marx, Getúlio Vargas, Mao Tse-tung etc.
A entrevista com o Stalin é exemplar neste sentido. Já ouvira falar muito que o HG Wells, que entrevistou o safado em 1934, era um completo analfabeto político, mas nunca pensei que ele chegasse a tanto. Abaixo uns trechinhos.
Stalin – É, eu sei, e isso pode ser explicado pelo fato de a sociedade capitalista encontrar-se no momento em um beco sem saída. Os capitalistas buscam, mas não conseguem encontrar, uma saída para esse cul de sac compatível com a dignidade, com os interesses da classe. Eles podem, até um certo ponto, sair da crise engatinhando, mas não conseguem encontrar uma alternativa que permita sair de cabeça erguida, que não perturbe os interesses dos capitalismo.
(...)
É óbvio que o velho sistema está desmoronando, decaindo. Isso é verdade. Mas também é verdade que novos esforços estão sendo feitos para com o uso de outros métodos e de novos meios para proteger o sistema decadente. (...)
Wells – (...) Ela (uma organização de escritores) insiste na livre expressão de opiniões – mesmo de opiniões opostas. Espero discutir esse assunto com Gorki. Não sei se os ingleses estão preparados para tanta liberdade...
Stalin – Nós, os bolcheviques, chamamos isso de “autocrítica”. Ela é muito usada na URSS...
(CLARO! CLARO QUE SIM!)
Marcadores: entrevistas, Livros, Política
Se por um lado acho necessário ter um pouco dessa empolgação juvenil no trabalho, é muito mais interessante pensar sempre em como isso está uma bosta e tentar melhorar.
Marcadores: jornalismo
Marcadores: Vícios