sexta-feira, janeiro 27, 2006

Imperialismo x esquerdistas

Não entendo muito bem quando um homem da ditadura cubana diz que “o império norte-americano” é isso, é aquilo, é aquilo outro. Soa sempre falso, por mais que o camarada se esforce.

Agora, vejam só, Ricardo Alarcon, presidente da Assembléia Nacional de Cuba, diz que o “império” não se “conforma que um metalúrgico se torne presidente”. O metalúrgico é Lula, claro - quer dizer, ele não é metalúrgico deve fazer uns bons 25 anos já.

Está em matéria na "Folha" de hoje, a respeito do Fórum Social Mundial, que acontece em Caracas, na Venezuela (Fórum bancado por quem? Sim, ele, Hugo Chávez).

Alarcon vai além e ainda diz o seguinte: “Temos sempre de enfrentar a distorção e a calúnia dos que controlam os meios de comunicação”.

Se li direito, o camarada junta “imperialismo norte-americano” e imprensa brasileira. Diz que o tal “imperialismo” controla a imprensa (brasileira). O que é, no mínimo, uma coisa idiota e rasteira de se falar.

Bom, ele só esqueceu de dizer que em Cuba não há imprensa livre (e só há um partido, o governo). Fidel controla os meios de comunicação, além de proibir obras literárias e não deixar que ninguém saia do país, se quiser. Tudo pela revolução, claro.

**

Na mesma matéria, Valter Pomar, petista e ex-secretário de cultura de Campinas, diz que “a luta de massas, o fuzil e o voto” são armas legítimas “dependendo das condições históricas” e, cito a matéria, “a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece a 'rebelião dos povos' como legítima sob um regime ditatorial.”

O engraçado é que Pomar defende Cuba como uma espécie de modelo. E Cuba, como se sabe, é um regime ditatorial. Pomar estaria incitando os cubanos a pegar nos fuzis e derrubar Fidel e bando?

Não entendo mais nada.

**

E é engraçado ver petistas e adeptos da “revolução cubana” falarem mal do “império”. Quer dizer, não é engraçado: se eles são contra os EUA, têm mais é que falar mal mesmo. Normal.

O duro é quando, no meio das críticas, eles resolvem falar do “injusto” e “criminoso” embargo comercial dos EUA perante Cuba.

Se eles criticam tanto o capitalismo à moda norte-americana, porque diabos querem tanto fazer comércio com eles?

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Sem sentido

Há dias em que nada – ou muito pouco – faz sentido. Nesses dias dá uma preguiça danada. Melhor parar por aqui, então.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Amontoado de lugares-comuns

Tentei procurar algumas razões pra começar, novamente, a escrever em um blog. Não encontrei nenhuma razão boa, contudo decidir começar mesmo assim – desde quando eu preciso dar satisfação para alguém?

Bom, mas já ia me esquecendo: olá, olá, leitor. Seja bem vindo.

**

Fato é que escrevo aqui por não ter nada melhor para fazer, no momento. Estou, ora pois, desempregado (sempre temi ter de dizer alguma vez, mas agora é a hora e eu não temo). Isso me entristece um pouco, um tantinho assim, mas, ao mesmo tempo, ora, ora, me alegra também: posso dormir até mais tarde, ler os livros que estavam encalhados na estante, ficar a tarde inteira sem fazer nada (a não ser passar calor) etc.

Mas, bem, hoje em dia não pega bem alguém dizer que está desempregado e que, hm, não procura por um emprego. Eu procuro por um, mas sem fazer muito alarde, sabe como é. Algumas pessoas dizem que vou encontrar algo rápido, coisa que eu não acredito muito, mas finjo acreditar – pois aí não preciso ficar enviando currículos e, argh, “fazendo contatos”.

**

Um negócio que me preocupa são as contas e as dívidas. Isso realmente me aborrece. Mesmo. Pra valer. De verdade. Mas eu ultimamente estou deixando tudo vencer os prazos – bom, aí pelo menos só terei como desculpa depois a impossibilidade de pagar. No money, man. No money. Podem levar minhas roupas, se quiserem! Menos o computador. O computador não!

**

Ainda não sei direito o que escreverei aqui. Só sei que será um amontoado de lugares-comuns jamais visto. Aguardem.