domingo, julho 30, 2006

Kournikova

sábado, julho 29, 2006

Vendo livros

Não estou de mudança nem nada, mas resolvi fazer uma pequena arrumação nos meus livros hoje. E vi que tinha muita coisa que eu não queria que estivesse mais na estante – muita coisa não tem mais nada a ver comigo. E, além do mais, estou precisando de algum dinheiro. Por isso resolvi verder. Sem dó, nem piedade.

Como sebos pagam, em geral, muito pouco por livros, tentarei por aqui. Ainda não estipulei preços. Mas quem tiver interesse em algum, me mande um e-mail (está lá em cima, no canto direito), que conversamos melhor.

PS: Vendo também um fusquinha 69. Interessados, e-mail-me.

"Cartas ao mundo", Glauber Rocha, Ivana Bentes (org.), Companhia das Letras – Bom estado

"Querido Poeta – Correspondência de Vinícius de Moraes", Ruy Castro (org.), Companhia das Letras – Ótimo estado

"Cercas e Janelas – Na linha de frente do debate sobre globalização", Naomi Klein, Record – Ótimo estado

"Caos – Terrorismo poético & outros crimes exemplares", Hakim Bey, Conrad – Ótimo estado

"TAZ – Zona Autônoma Temporária", Hakim Bey, coleção Baderna, Conrad – Ótimo estado

"Manifesto contra o trabalho", Grupo Krisis, coleção Baderna, Conrad – Ótimo estado

"Cinema de novo – um balanço crítico da retomada", Luiz Zanin Oricchio, Estação Liberdado – Ótimo estado

"Sexo na cabeça", Luis Fernando Veríssimo, L&PM Pocket – Estado ok

"Hai-kais", Millôr Fernandes, L&PM Pocket – Estado ok

"O Brasil em sobressalto – 80 anos de história contados pela Folha", Oscar Pilagallo, Publifolha – Capa um pouco suja, mas por dentro está ótimo

"Panorama do mundo", Demétrio Magnoli, José Arbex, Nelson Bacic Olic, Editora Scipione – Um pouco amarelado já

"O pensamento liberal", João Mellão Neto, Instituto Tancredo Neves – Bom estado

"Iraque – Plano de Guerra", Milan Raí com um capítulo de Noam Chomsky, Bertrand Brasil – Ótimo estado

"Mídia Radical – Rebeldia nas comunicações e movimentos sociais", John D. H. Downing, Editora Senac São Paulo – Ótimo estado

"As gangues de Nova York - Uma história informal do submundo", Herbet Asbury, Editora Globo – Ótimo estado

"A viagem do descobrimento – A verdadeira história da expedição de Cabral", Eduardo Bueno, coleção Terra Brasilis I, editora Objetiva – Bom estado

"A Bomba", Frank Harris, Conrad – Bom estado

"Panegírico", Guy Debord, Conrad – Praticamente novo

"A regra do jogo", Cláudio Abramo, Companhia das Letras – Estado ok

"O jornalismo canalha – A promíscua relação entre mídia e poder", José Arbex Jr., Casa Amarela – Bom estado

"Plim-Plim – A peleja de Brizola contra a fraude eleitoral" – Paulo Henrique Amorim e Maria Helena Passos, Conrad – Ótimo estado

"O poder da TV", José Arbex Jr., Editora Scipione – Bom estado

"O que é... Fanzine", Henrique Magalhães, Editora Brasiliense – Estado: amarelado

"Sem tesão não há solução", Roberto Freire, editora Sol e Chuva – Ótimo estado

"Os 10 pecados mortais do marketing – Causas, sintomas e soluções", Philip Kotler, Editora Campus/Elsevier

"Lolita", Vladimir Nabokov, Biblioteca Folha – Bom estado

"Através do Espelho", Jostein Gaarder, Companhia das Letras – Ótimo estado

"O homem que matou Getúlio Vargas", Jô Soares, Companhia das Letras – Ótimo estado

"Planolândia – Um romance de muitas dimensões", Edwin A. Abbott, Conrad – Ótimo estado

"Febre de Bola", Nick Hornby, Rocco – Bom estado

"A idade da razão", Paul Sartre, Abril – Estado ok, com capa dura e folhas um pouco amareladas

"Feliz Ano Velho", Marcelo Rubens Paiva, Editora Brasiliense – Velho, com folhas amareladas, mas bem conservado, até

Quadrinhos:

"Fazendo musculação com o mouse", Scott Adams, Ediouro – Bom estado

"Ódio", Peter Bagge, Via Lettera – Bom estado
"Mafalda", alguns livros de coletânea - Bom estado

segunda-feira, julho 24, 2006

Lolita

Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta.

Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita.

Realmente, um belo começo de livro.

Afinação da interioridade

Gilberto Gil, em a afinação da interioridade.

sábado, julho 22, 2006

Perfeitos idiotas

É engraçado como pessoas como Hugo Chávez, presidente da Venezuela, e Fidel Castro, o ditador cubano, ainda exerçam enorme influência em parte significativa de pessoas esclarecidas. Fico incomodado com isso, às vezes.

Ambos repetem frases e discursos atrasados, conservadores e retrógrados há já um bom tempo. E ainda esboçam um quê de ditatorialismo paternal, do tipo “se é bom pra mim, é bom pra você, cala a boca”.

Senão, vejamos o que disseram os dois numa tal “cúpula alternativa ao Mercosul”, cujo lema é “A integração é nossa bandeira antiimperialista”. Os negritos são meus.

Chávez: “O império americano está no fim” (virou oráculo); “o século 21 marcará sua morte (do império americano)”; “os povos latino-americanos precisam quebrar os esquemas do imperialismo”; “o império americano será como disse Mao Tsé-tung, um tigre de papel, e nós seremos um tigre de aço” (Jesus...); “O capitalismo semeia os antivalores do individualismo, é a causa das guerras, das misérias, da fome, das grandes desigualdades sociais” (desde quando individualismo é um “antivalor”? Cruz credo. E como se não houvesse guerra antes do capitalismo... Ele deveria falar: “O homem é a causa das guerras...”, e não o capitalismo, pô).

E Fidel? Bom, Fidel argumentou, pela centésima vez, que os EUA são os responsáveis pelos males do mundo. Ou seja, por causa deles somos pobres, burros, feios e explorados. Eles nos proíbem de sermos inteligentes, sábios e bonitões. Mais: exploram-nos. Eu diria: ainda bem que nos exploram...

“Falar que o capitalismo vai acabar no século 21 pode dar a entender que vai durar todo o século. Mas eu acho que não dura 100 anos, nem 70, nem 50 anos. Vai acabar bem antes. É que o mundo vive uma crise, neste momento, como nunca antes vimos na História.” Virou oráculo, também; e ainda vem com o papinho da “crise como nunca vimos na História”. Professor de história do segundo grau vive falando isso...

Fidel falou também que dificilmente “alguém poderia impedir o futuro de uma América Latina unida”. O “socialismo” pregado por ele, pode, sim, impedir o futuro de uma América Latina unida. Mostrando uma falta de informação absurda, ele tascou: “O Mercosul está mais pujante do que nunca.”

E ainda teve a do jornalista que perguntou sobre sua sucessão. Fidel respondeu com uma pergunta: “Você é cubano?” É como se dissesse: “Bom, se você é cubano, tem todas as razões para querer me tirar do poder”. E ainda disse mais: “Quem pediu para você fazer essa pergunta? Você é um mercenário”.

segunda-feira, julho 10, 2006

Charlize

domingo, julho 09, 2006

Coisas irritantes, parte 1

Das pequenas coisas que (às vezes) irritam profundamente.

Motorista avançando o sinal ou virando sem dar seta; gente falando alto ao celular; gente que faz aspas com os dedos (enfia no cu, porra - sorry); brasileiro cantando "sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor"; brasileiro fazendo pagode e dançando capoeira em algum lugar do mundo; gente dando entrevista e dando resposta enviesada (não quer dar entrevista nem começa); gente que fala muito palavrão; gente que fala "véi" (ou: "véééééi"); professor que não dá aula; professor que entende do assunto menos que você; gente que "odeia" a Globo; gente que fala que o Diogo Mainardi imita o Paulo Francis; gente que escreve coisas como "nestas plagas" ou "tempos bicudos"; o Lula; teatro do oprimido; gonzo jornalismo; foto de pobre (e em P&B) para "denunciar o sistema"; jogador que fica beijando a bola feito um retardado mental; político que diz: "o povo vai me julgar nas urnas"; movimento estudantil; maconheiro; blogs cheio de letras de músicas; gente que vive contando intimidades para todo mundo; indies; ambientalistas histéricos; pessoas risonhas ao extremo; aspirantes a poetas que gostam de escrever sobre noite e solidão; não ter um lugar pra ficar enquanto a faxineira limpa a casa; telefone tocando.

sábado, julho 08, 2006

"Eu odeio o Brasil"

Alexandre Soares Silva, em sua visita a Portugal, deu uma entrevista ao programa de rádio Escrita em Dia. Ouça.

"... Se a pessoa não é estúpida, é muito difícil ser de esquerda. É claro que há pessoas inteligentes de esquerda, mas é um mistério pra mim."

quinta-feira, julho 06, 2006

Joga, feio

Da Folha Online:
“Inquieto, o dirigente suíço (Blatter, presidente da Fifa) aproveitou para anunciar o desejo de buscar modificações que possibilitem mais tentos. "Vamos fazer um grande simpósio com os 32 técnicos, os árbitros, os médicos e o grupo de estudos técnicos da Copa do Mundo. Queremos ouvir o que eles têm a dizer sobre o que podemos fazer para o futebol ficar ainda mais atrativo."”

A solução é simples: mandem os bunda-moles dos técnicos pararem de jogar apenas “pelo re$ultado”. Claro que é bom ganhar, mas esse negócio de ganhar a qualquer custo, mesmo jogando um futebolzinho medíocre, está ficando chato. Quem se lembra com satisfação do time tetracampeão de 1994? Ou até do time de 2002?

Uma boa opção: não dar ponto nenhum para quem empatar. E quem empatar em 0x0? Menos um ponto. Quero ver time jogar só na retranca.

domingo, julho 02, 2006

Esculhamba

Capa do argentino "Olé" de hoje. Sensacional.

Perdeu mesmo

Há que se pensar no lado bom de o Brasil ter perdido esta Copa. Senão, vejamos: a seleção vai se renovar; Cafu vai se aposentar e parar com essa palhaçada de bater recordes; o Roberto Carlos vai junto, graças; Zagallo, também; Parreira deve ir junto com seu futebol “show é vencer”; Ronaldo vai ficar esperto porque pode (e deve) perder a posição de titular absoluto; e não teremos gritaria do Galvão na final. E, bom, a Argentina saiu antes.

Agora, falando sério: nunca que esse time brasileiro merecia ganhar. O time simplesmente não tem brilho e fibra – parece o Real Madrid jogando. Parreira não ousou, preferiu manter aquele time pesado, cheio de veteranos. Teve medo de tirá-los? Vai saber. E Ronaldinho não jogou um décimo do que joga.

(E lembrar que na Copa de 1958 Pelé destruiu aos 17 anos.)

Pra mim, essa foi a Copa do medo. O técnico brasileiro teve medo de mudar. O técnico da Argentina teve medo de partir pra cima da Alemanha e matar o jogo.

Como sou bem mercenário, elejo os meus principais culpados: Cafu e Roberto Carlos, que não deveriam ter sido titulares desta Copa, atrapalharam bastante, a meu ver, a parte ofensiva da equipe. Outro culpado foi o Parreira, que foi burro em não tirá-los do time quando podia (primeira fase). E Ronaldo, claro, por não ter se preparado adequadamente para jogar um Mundial.

E Cafu ainda me vem com essa: "Claro que para [jogar em] 2010 é muito difícil, mas o futebol pode pregar surpresas."