sábado, agosto 18, 2007

Em nova casa

Pessoas: meu blog partiu desta para uma melhor neste sábado. A nova casa ainda não está 100%, mas está quase. Aos poucos, vou arrumando aquilo. Era isso. Entrem lá.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Bundões



Taí. Essa aí é a Íris, na "Playboy" de agosto. Achei o ensaio bastante bonito e elegante, embora pouco revelador. Há gente dizendo que se usou o Photoshop ao extremo, em algumas fotos. Essa foto mostra que sim, há evidências fortes de que isso tenha acontecido mesmo...

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E falando em bundão, José Dirceu dá as caras na entrevista do mês da revista. Dirceu é aquele de sempre... vale destacar uns trechinhos:

"Acho que a imprensa é partidária, ideológica, engajada, com projeto político. Isso existe no Brasil. Pena que não existe uma nossa assim tão forte." (...) "Eu quero um jornal pra gente também."

(Repórter) "Por que deveria um governo, que está fazendo o que acredita estar certo, permitir que o critiquem? Ele não aceitaria a oposição de armas letais, mas idéias são muito mais fatais que armas." O senhor concorda com a frase de Lênin sobre a imprensa? (Dirceu) A crítica é fundamental, outra coisa é campanha articulada por partidos e parlamentares. Não estou dizendo que o PT não tenha feito isso, que não fizemos no passado. Não estou dizendo que tem de fechar ou censurar os jornais. Só estou denunciando."

"...O Lula não dá cheque em branco pra ninguém. Não é da natureza dela. Pelo contrário, ele delega, mas controla, cobra. Ele é um presidente da República que tem controle sobre tudo o que está acontecendo. O Lula trabalha, chega cedo e sai tarde."

(Repórter) "O que achou do caso da quebra do sigilo bancário do caseiro Nildo? (Dirceu) Eu diria que é um caso a ser esclarecido." (E já não foi? Quebraram o sigilo.)

"O Fernando Henrique pode cobrar 85 mil reais por palestra (invejoso! hahaha), e eu não posso fazer consultoria? No fundo, o que eu faço é isso: analiso a situação, aconselho. Se eu fizesse lobby, o presidente saberia no outro dia. Porque no governo, quando eu dou um telefonema, modéstia à parte, é um telefonema! As empresas que trabalham comigo estão satisfeitas. E eu procuro trabalhar mais com empresas privadas que com empresas que têm relação com o governo."

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Sugestão...

...para o nome do programa de rádio semanal do presidente: Café com Bobagem, ao invés de carrancudo "Café com o Presidente".

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domingo, agosto 12, 2007

Overdose

Estou com uma overdose danada de Brasil -- de Brasil ou das pessoas, no geral?, me pergunto. (Talvez das pessoas do Brasil.) Tudo, absolutamente tudo (ok, quaaase tudo, vai), tem me irritado. Ler jornal me irrita; assistir telejornal me irrita; andar na rua e ver coisas tipicamente brasileiras me irrita; ver os petistas me irrita profundamente; ver alguém do governo falando me põe em depressão profunda; ver alguém defendendo o governo me faz querer cortar os pulsos; jovenzinhos posando como polêmicos, ai, meu Deus, ninguém merece; assistir aulas com uma barulheira infernal me irrita (como um professor consegue dar aula assim?); incompetência no trabalho... bom, deixa pra lá.

Etc. etc. etc.

terça-feira, agosto 07, 2007

Irã

Do "Estadão" de hoje:

O governo do Irã ordenou ontem o fechamento do principal jornal reformista do país, o Shargh, após a publicação de uma entrevista com a poetisa Saghi Qahraman, que defendeu maior igualdade de gêneros no país. O Shargh havia sido fechado por três meses em 2006 por ter reproduzido a caricatura do Profeta Maomé que causou revolta em vários países.

Um adendo: o governo do Irã diz que o holocausto não passa de uma invenção histórica.

É desse tipo de gente que estamos falando, antes que alguém venha falar que eles são "soberanos" e têm o total direito de mexer com energia nuclear. Se fazem isso com um mero jornal, não é de desconfiar que possam fazer coisa muito pior com uma arma nuclear nas mãos?

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segunda-feira, agosto 06, 2007

Quem é golpista?

Acho que o que mais me irrita nesse tipo de movimento como o “Cansei” é notar que muitos de seus líderes pedem uma moralidade exemplar, mas, no dia a dia, a coisa não é bem assim... sabe como é o jeitinho brasileiro. Cansei (ops) de ver empresário todo espumando de indignação frente ao governo e, na sua esfera de trabalho e vida pessoal, ser um péssimo patrão, tratar mal os funcionários, não ter respeito mínimo ao próximo. (Isso sem contar as pessoas que furam filas, desobedecem leis de trânsito, sonegam impostos, jogam lixo na rua etc.). É aquele velho lema: se você quer pedir moralidade, tenha uma moral minimamente decente. Infelizmente, não é isso que eu vejo por aí – existem as exceções de sempre, é claro.

Por outro lado, é de chorar ver que os adeptos do governo vêem os protestos contra o governo como uma coisa apenas elitista e golpista. Quer dizer, não pode mais falar mal do governo, agora?

O “Estadão” publicou ontem uma matéria excelente do Carlos Marchi, mostrando o grau de – não queria usar essa palavra, mas na falta de uma melhor, uso-a – imbecilidade. A matéria começa assim: A democracia está em xeque, acusou na semana passada o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao irritar-se com apupos de pequenos grupos em Cuiabá e Campo Grande. '''Com a democracia não se brinca''', ameaçou Lula, '''porque o que vem depois dela é muito pior'''. A reação não combina com o tom duríssimo com que, durante 24 anos, ele vergastou governos e personagens a quem fazia uma oposição implacável.

É mais ou menos por aí. Marchi lembra que, sob o comando de Lula, o PT apresentou vários pedidos de impeachment contra FHC – que, aliás, foi chamado de “ladrão” e “corrupto”. (José Sarney foi chamado de grileiro e Itamar Franco, de imbecil.) Diz um trecho da matéria, citando fala de Lula: 'Se eles (FHC e seus aliados) tivessem uma escola para ensinar a governar, eu não deixaria meus filhos entrar (sic), porque o máximo que meu filho ia aprender era roubar, e não governar.'

A matéria lembra o bordão “Fora FHC” lançado por uma corrente do PT, em dezembro de 1998. Mesmo não tendo aprovado o bordão, preferindo o “Basta de FHC”, Tarso Genro escreveu um artigo em maio de 1999 defendendo o “Fora FHC”.

Trecho da matéria: Só nos primeiros seis meses de 1998, um ano eleitoral, o PT fez cinco representações pedindo o impeachment de FHC, ao contrário da atual oposição, que evitou chegar ao impeachment no escândalo do mensalão.

Lula gosta de dizer que a eleição acabou em outubro, e que querem fazer um “terceiro turno” – como se todo mundo tivesse que ficar calado depois que um governo é eleito.

Em 8 de julho de 1999, o PT decidiu promover passeatas para pressionar a Câmara a iniciar um processo de impeachment contra FHC, explicou Lula à época, sem se dar conta de que a eleição acabara nove meses antes e ele tinha sido derrotado.

Na comemoração do 1º de Maio de 1997, em São Bernardo, Lula acusou FHC de estar ''metido na maracutaia dos precatórios, do Sivam, do Proer e da compra de deputados para a reeleição''. Em seguida, a CUT-SP comandou massiva vaia a FHC, à qual Lula assistiu com um sorriso maroto, sem achar - como acha hoje - que vaias ao presidente podem ameaçar a democracia.

A matéria lembra também que Lula já tomou vaias da esquerda (no Fórum Social em 2003, da CUT no mesmo ano, na fábrica da Mercedes em 2004 e pelos sem-terra no mesmo ano), mas nunca se incomodou muito. Chegou a dizer, na época, que achava a vaia tão importante quanto o aplauso.

Matéria completa aqui.

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Qual o valor do amanhã?

Ao lançar há dois anos o livro O Valor do Amanhã, o economista e filósofo Eduardo Giannetti não se dirigiu ao leitor habitual de sua área, alertando no prefácio tratar-se de uma obra destinada a leigos. A idéia que o animava era bastante simples: ele falaria de juros, sim, mas não da maneira árida como se espera de um economista. O sucesso do livro foi tanto que inspirou uma série de dez programas de curta duração (10 minutos) inseridos no Fantástico, da TV Globo, a partir do próximo domingo. Dirigido pela cineasta Isa Ferraz, a série pretende mostrar como a vida das pessoas - do brasileiro, em particular - é afetada pela falta de planejamento, como se fôssemos exterminadores do futuro. Giannetti parte do princípio que todo ser humano, independentemente de sua conta bancária, é um economista intuitivo. Só que pode estar alocando recursos em lugar errado.

Matéria completa do "Estadão" aqui.

Acho que será uma série bem interessante, como foi a do Marcelo Gleiser sobre astronomia. Li o livro do Giannetti no começo do ano. Posso dizer que ele mudou um pouco a minha forma de pensar sobre algumas coisas. Giannetti não trata, no livro, de juros como uma instituição inventada por banqueiros gananciosos que querem explorar os outros; mas sim como uma coisa natural. As indagações principais são: viver o dia e simplesmente não se preocupar com o amanhã ou viver cada dia pensando no amanhã? Abrir mão de algo no presente pensando no futuro ou usar todo o disponível no presente da melhor forma possível? Viver agora e pagar depois ou pagar agora e viver depois?

(A partir daqui, segue um texto que fiz logo depois de ler o livro. Não sei porquê, devo ter esquecido, nunca publiquei-o aqui. Vai agora.)

Giannetti demonstra que o conceito de juros vai além do modelo praticado no mercado financeiro. A idéia de juros, diz ele, está presente em diversos processos naturais. A formação de gordura é um exemplo. Nosso corpo armazena calorias em excesso para consumo futuro, funcionando como uma espécie de “poupança” precaucionária.

O envelhecimento é outro exemplo. Nossos genes estão programados para dar seu melhor durante a juventude, ainda que isso implique custos futuros. A conta é descontada na velhice, com a decadência do corpo (senescência). “A plenitude do corpo jovem se constrói às custas da tibieza do corpo velho”, resume Giannetti. Viver agora, pagar depois.

Há uma boa razão para que nossas células dêem o seu melhor o quanto antes: a vida no ambiente natural pode ser extremamente arriscada e o perigo de morte acidental ou em brigas pela sobrevivência é grande.

Nosso passado ancestral exigia grande vigor físico no presente. Por isso, “o corpo jovem toma recursos adiantados do corpo velho, faz a festa, canta a vida, lança fogos e balões a que tem direito e empurra o ônus da dívida para o amanhã”.

Mas o ser humano não se resignou à sua condição natural. Ao passar dos anos, ele se distanciou do seu passado ancestral primitivo e passou a fazer escolhas pensando no futuro, de forma mais ou menos sistemática. “O pano de fundo dessa mudança radical foi a ampliação da percepção do tempo – um extraordinário alargamento da faculdade de imaginar o futuro e reter na memória a experiência passada visando conhecer e modificar o amanhã”, explica o autor.

Mundo vegetal
Ainda no terreno da biologia, o mundo vegetal, pródigo em poupar e mudar tendo em vista sua sobrevivência, dá outros exemplos. Algumas plantas e árvores, antes de iniciarem a desfolha, têm o cuidado de evacuar das folhas seu conteúdo, absorvendo assim os nutrientes – sais minerais e nitrogênio – em seu metabolismo. Esses vegetais estocam esses recursos no tronco ou no caule para uso futuro.

Árvores frutíferas também têm outro mecanismo interessante. Para elas, apenas produzir sementes não basta. É preciso espalhá-las para que possam germinar. Diz o autor: “Elas (as frutas) clamam, por assim dizer, por serem comidas e saboreadas, mas não sem antes fixar uma condição crucial.”

“As árvores que dão frutos não se limitam a praticar a arte e o engenho da paciência em seu metabolismo – elas ensinam aos animais o saber esperar.” A fruta madura é aquela cujas sementes estão no ponto certo para serem espalhadas por animais e insetos. Quando verdes ou passadas, têm gosto amargo. Quando maduras, são a recompensa que os vegetais oferecem aos que, agindo no momento certo, involuntariamente contribuem para a manutenção do seu ciclo reprodutivo.

Vida breve
Apesar de não sabermos por quanto tempo viveremos, pensar no futuro é uma necessidade humana. Escolhas têm de ser e são feitas todos os dias. Mas que peso atribuir ao futuro, em contraposição ao momento? Seria mais interessante colocar “mais vida em nossos anos” ou “mais anos em nossas vidas”?

Nos últimos tempos, registrou-se um rápido aumento da longevidade. Nunca foi tão importante planejar a vida para daqui a 30 ou 40 anos. A média de esperança de vida mundial passou de 53 anos em 1960 para 67 anos nos dias de hoje. A esperança de vida aumentou mais nas quatro últimas décadas do que nos 4 mil anos precedentes (impressionante este dado, não?). Quem nasce hoje vive quase o dobro do que vivia alguém nascido no início da revolução industrial do século XVIII.

E viver por mais tempo quer dizer estar preparado para uma nova vida depois da aposentadoria. “Um repensar de valores e formas de vida e um conjunto de providências práticas que dizem respeito à maturidade e à velhice mas deveriam se fazer presentes desde as etapas formativas da infância e juventude”, diz Giannetti.

Miopia e hipermetropia
No livro, Giannetti aborda também os fenômenos de miopia e hipermetropia temporais. No primeiro caso, é quando o indivíduo atribui um valor demasiado ao presente, em detrimento daquilo que está mais à frente. Com a hipermetropia é o contrário, ou seja, quando é atribuído valor excessivo ao amanhã, em prejuízo do presente.

De um lado, o sujeito que vive apenas o presente sem se importar muito com o futuro e do outro o que se preocupa com o futuro ao invés de pensar mais no presente.

Tornar-se um poupador inveterado e guardar tudo para o amanhã pode ser arriscado. O dinheiro, um recurso que, em tese, deveria melhorar a vida no presente, pode vir a tornar-se um senhor tirânico. Em nome do quê tamanho apego ao dinheiro?

No outro oposto, viver em um eterno carpe diem também pode ser igualmente arriscado. Afinal, o futuro pode ser extremamente árido e doloroso para os imprevidentes que não planejaram a vida para uma existência mais longa.

Bom, eu vou parando por aqui. Assistam à série. Acho que vai valer a pena.

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domingo, agosto 05, 2007

Burro (e desligado)

Por Deus, hoje tinha a bendita prova do "Estadão" em São Paulo e eu só fiquei sabendo disso agora há pouco.

Magaiver

Magaiver - Softwares e comportamentos para facilitar a vida.

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Sugestão de pauta

Queria muito ver na "Piauí" um perfil com o Oscar Maroni Filho, o polêmico dono da boate Bahamas, recentemente fechada pelo Kassab moralista duma figa. Daria um belo texto.

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Não sabia

Coluna do Elio Gaspari, na "Folha" deste domingo:

NÃO SABIA
Aborrecido com o pessoal que o vaia e faz passeatas contra seu governo, Nosso Guia disse que "essa gente ficou contente com os 23 anos de regime militar".

A ditadura durou 21 anos (1964-1985, com a eleição de Tancredo Neves), mas isso não tem importância. Pelo seu depoimento, durante os primeiros oito anos da "Revolução Redentora", Lula estava na turma dos contentes. Nas suas palavras, numa lembrança de 1993: "No tempo do milagre, eu não pensava em política. A vida do trabalhador parecia um sonho. As empresas disputavam os empregados nas portas das fábricas, oferecendo condições e salários melhores".
Lula só começou a achar que havia algo de estranho em 1972, aos 27 anos. Caso clássico de "não sabia".

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sábado, agosto 04, 2007

Wish list

Essa daqui é a minha wish list. E o meu aniversário é logo ali, daqui uns 10 dias. Não tenho vergonha de pedir. Vergonha é tá roubando e não poder tá carregando, como já diria um atendende de telemarketing e ladrão nas horas vagas. (Um dia ainda conto a incrível história de um cidadão que roubou uma televisão e foi pular um muro altíssimo com ela nas costas...)

quarta-feira, agosto 01, 2007

Pedro Doria

Boa entrevista com o Pedro Doria no Digestivo.

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