quarta-feira, setembro 06, 2006

Fora, Ronaldinho

Ronaldinho Gaúcho não é a alegria do povo. Ele conseguiu o impensável: burocratizar a alegria. Recebe a bola, capricha no jeito de corpo, no trejeito cênico, sacode as madeixas como um passarinho hiperativo. Carimba a jogada com algum toque de efeito, sublinha sua própria imagem com algum truque de erudição técnica e passa a bola para o lado, devidamente autografada pelo melhor do mundo.

Guilherme Fiúza escreve no nomínimo o que eu estava pensando em escrever ontem mas tive uma preguiça absurda por causa do frio. Ronaldinho virou uma caricatura firuleira de si mesmo. Essa história de dar show e de ser chamado de gênio por todo mundo deve ter contaminado a cabeça do coitado.

Ronaldinho não vem jogando nada na seleção. O pior de tudo é que ele trava o jogo. Atrapalha. Não deixa os outros jogarem. É como se quando ele pegasse na bola, os outros jogadores pensassem: "Pronto, agora ele vai fazer uma jogada espetacular e vai decidir." Só que ele não tem decidido.