Seleçã caralhinho

Acho meio chato ficar escrevendo sobre futebol mas, como é Copa do Mundo, lá vou eu.

O time brasileiro vive um momento de transição chato, com um monte de jogador "com prestígio" (=velho) que não vem jogando bem - Roberto Carlos, Emerson, Cafu (esse nunca jogou bem, na verdade) e o Ronaldo (que não é velho mas é como se fosse, cada dia aparece com um treco).

Parreira não tem cojones para tirá-los do time. Deve manter o mesmo esquema de 1994, um time pragmático, sem muito brilho mas com chegada.

Não sou a favor de fazer um time tal qual o Brasil de 1982, com trocentos cracaços mas extremamente frágil defensivamente (aliás, torço o nariz pra quem fica babando esse time; sou mais a seleção de 70). Ou como a Holanda, que perdeu em 1974 e 78 quando era favoritíssima. Perderam porque foram burros.

Mas um meio-termo seria extremamente interessante. Manter Adriano e Ronaldo (eu escrevi "Rolando", tudo a ver) na frente é bobeira: os dois são muitos pesadões e estão jogando como pivôs. Adriano só sabe trombar e chutar no gol. Ronaldo está fora de forma e não arranca mais como antigamente. Tira um dos dois, põe o Juninho Pernambucano e joga o Gaúcho mais à frente. Ou deixa um trombador lá na frente jogando com o Robinho (que poderia ser o nosso Eto'o).

E nem preciso dizer que Cicinho daria muito mais velocidade ao time.

É como a piada que está correndo por aí. Zico liga para o Parreira e pede uma ajudinha pro seu Japão: "O Brasil já está classificado, o Japão não, bem que você podia dar uma mão..." E aí o Parreira responde: "OK, Zico, o que você quer? Que eu escale os reservas?" Zico: "Não, Parreira. Os reservas, não!"

Pois é.

UPDATE: Falando em seleçã caralhinho...