domingo, maio 28, 2006

Fotos

Falando em fotos, resolvi selecionar algumas e jogar no Flick. Olha lá. Atualizações semanais aos domingos.

UPDATE:
Na falta de atualizar o blog, eis que surgem novas fotos no Flickr. Vinte e tantas fotos de um ensaio na fábrica da Chapéus Cury. O link é o mesmo.

segunda-feira, maio 22, 2006

Uma foto

sexta-feira, maio 05, 2006

Índio quer apito

Texto revisado e atualizado em 9 de maio.

A coisa que mais chamou a atenção nessa história da nacionalização do gás na Bolívia foi o fato de o presidente Evo Morales ter usado o Exército para fazer alarde. E isso porque a Petrobras já havia sinalizado que estava disposta a negociar com a Bolívia um novo contrato de exploração, alguns meses atrás.

Ou seja, o governo brasileiro não oferecia resistências ao processo que Morales queria instaurar no país. Mesmo assim, falou mais alto a veia nacionalista e populista do indígena Morales. Preferiu chutar o pau da barraca e apostar na sua imagem de defensor de uma suposta soberania do povo boliviano.

Aí o presidente Lula diz que deve reagir não com dureza, mas sim com "carinho", e aproveita para comparar a invasão dos EUA ao Iraque - disse algo do tipo "Querem que eu invada a Bolívia como fez os EUA no Iraque?" Óbvio que não, presidente Lula. Santa ingenuidade. Lula, além de não saber de nada, não tem o mínimo tato diplomático, assim como seu "hermano" Morales, que já vai enfiando o Exército na parada (é sintomático que líderes que criticam tanto o uso militar não percam a oportunidade de usá-lo no momento que não devem). Ninguém está pedindo guerra, apenas uma reação digna de quem teve uma estatal invadida e expropriada. Em outras palavras: roubada. Se o governo brasileiro continuar reagindo assim, Morales vai continuar falando grosso. Esperar pra ver.

A Petrobas investe na Bolívia há 10 anos. Investiu vários milhões (bilhões?) de dólares, deu emprego, responde por 15% do PIB do país, chegou a trabalhar dois anos com prejuízo etc. Ou seja, a estatal brasileira não é nenhuma criminosa, que mereça ser invadida pelo Exército nacional boliviano. Se a Petrobrás sair da Bolívia, o país literalmente vai à bancarrota.

Ou Morales quer uma guerra, ou é bronco (assim como Bush, que ele tanto critica), ou não tem nenhum tato diplomático, ou quer usar o fato como puro marketing. Bom, todas as opções trazem um pouco de verdade. Morales usou a nacionalização como peça eleitoral.

E Lula fala em "soberania boliviana", "vamos respeitar o povo pobre da Bolívia"... A Bolívia vai "nacionalizar" (expropriar, roubar, escolha a palavra que lhe convir) toda a infra-estrura da Petrobras e Lula não vai dar um pio. Vai aceitar tudo numa boa falando em "paz na América Latina". Que belo presidente temos.

E falando em camaradinha, o camaradão Hugo Chávez, presidente da Venezuela, foi o mentor de Morales, que disse, aliás, que se a Petrobras quisesse picar a mula, a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, estaria pronta para entrar em seu lugar. Isso diz muita coisa sobre os dois – algo sobre honra, amizade, respeito.

Não sei o que Lula está pensando, mas eu estaria muito irritado com Morales e Chávez. Muito mais do que quebrar contratos comerciais entre países, os dois o traíram, o desrespeitaram. O "Jornal da Globo" chegou a dizer que Lula só se referia a Morales com palavrões; verdade ou mentira, o certo é que, publicamente, nem um ai. Uma pena.

O engraçado disto tudo é que a estatal brasileira foi, até agora, a única nacionalizada. Morales diz que pretende continuar a nacionalização, agora na área da mineração. A Apex Silver, a maior empresa que atua nesta área, não será nacionalizada. Um dos ministros de Morales disse que não pensa sequer em nacionalizá-la, disse que apenas conversará para discutir um novo contrato. Detalhe: a Apex Silver é norte-americana. Isso diz muita coisa sobre a política externa brasileira.

segunda-feira, maio 01, 2006

Parem as máquinas!

É sensacional a história do título bolado pelo extinto jornal "Notícias Populares" (NP), quando Nelson Piquet sofreu um acidente em Indianápolis. No acidente, Piquet teve seu pé parcialmente destruído. Os médicos tiveram que usar um pouco de carne da região glútea (em outras palavras, bunda) do piloto para a reconstrução do pé.

Bom, até aí tudo bem. A manchete do NP vem agora:

"Piquet dá a bunda pelo pé".

Infelizmente, o jornal não foi às ruas com esta manchete. Frias, o big boss do Grupo Folha, que controlava o NP, não deixou passar e teve que mandar parar a impressão no meio da noite.

Não deixou passar o título, mas a frase "Senna liga para hospital para dar seu apoio e Piquet manda dizer que não está" acabou saindo.

Que beleza!

(E pesquisando sobre o assunto, encontro o blog de -!-, o Polp Fiction. Vale a visita.)